sábado, 31 de julho de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
SINDROME DE X-MEN
Os X-Men são mutantes: humanos que, como resultado de um súbito salto evolucionário, nasceram com habilidades super-humanas latentes, que geralmente se manifestam na puberdade. Conseqüentemente, em suas histórias, vários homens comuns têm um intenso medo e/ou desconfiança dos mutantes (cientificamente chamados de Homo superior), que são vistos pelos cientistas em geral como o novo degrau da evolução humana. Logo, muitos os consideram uma ameaça à própria sociedade humana. Tensão esta exacerbada por mutantes que usam seus poderes para fins criminosos.
Para combater estes "mutantes malignos" (tais como Magneto e sua Irmandade de Mutantes) e promover a coexistência pacífica entre as duas raças, o benevolente Professor Charles Xavier, (ou Professor X, o milionário que é, secretamente, um dos maiores telepatas da Terra), fundou uma academia para treinar jovens mutantes e doutriná-los em seu sonho de "harmonia inter-racial". Ocultando sua real intenção do restante do mundo sob a fachada do Instituto Xavier Para Jovens Super-Dotados, Charles deu, assim, início ao seu sonho.
As histórias dos X-Men contam com personagens de diversas etnias sendo, talvez, a revista em quadrinhos mais multicultural já publicada pela Marvel. Personagens representando várias outras etnias e cenários culturais foram subseqüentemente adicionados. As histórias também retratavam temas relacionados ao status das minorias, incluindo assimilação, tolerância e crenças na existência de uma "raça superior".
Os X-Men foram fundados pelo telepata paraplégico Charles Francis Xavier, o Professor X, para defender seu sonho de "convivência pacífica entre humanos e mutantes", ao mesmo tempo em que, secretamente, defendiam a humanidade dos "mutantes malignos". Assim, desde sua fundação, os X-Men vivem em uma constante batalha, "defendendo um mundo que os teme e odeia".
(Artigo extraído do site http://pt.wikipedia.org/wiki/X-Men, acesso em 29/07/2010)
Eu, cá com meus botões, fico pensando sobre a leva de vocacionados cristãos nos nossos dias que vivem uma “história em quadrinhos” muito parecida com a dos X-MEN!
O grande equívoco da igreja é deixar-se dividir entre crentes e “X-CRENTES”. O grande perigo que corre os seminários hoje é tornarem-se “academias para treinar jovens mutantes e doutriná-los” ou serem vistos como “Instituto Xavier para jovens Super-Dotados.”
Jesus, em nenhum momento, distribui “patentes” dentre os discípulos. Quando Jesus distribui ministérios e dons Ele deixa bem claro que os dons são do Espírito e não um tipo de “mutação” que acontece quando "nascemos de novo". Dons e talentos são presentes gratuitos distribuídos para todos os membros do Corpo de Cristo e para a edificação do próprio Corpo. Eles não são para uma parte privilegiada de “X-CRENTES”.
Quando missionários, pastores, ministros de louvor ou qualquer tipo de liderança eclesiástica acreditam que são uma espécie de “crentes-mutantes” eles trazem para si mesmos uma série de conflitos e problemas de caráter, oriundos de uma falsa idéia sobre sua verdadeira identidade em Cristo. A prova disso? O crescente número de escândalos envolvendo lideranças eclesiásticas e os consultórios de psicólogos e psiquiatras cada vez mais lotados de pessoas destroçadas emocionalmente e confusas sobre quem são em Cristo por não agüentarem a demanda da imagem de “Super-herói” posta sobre elas e aceita por elas mesmas.
Apontar para Jesus é a função de todos nós que um dia, ao encontrarmos com a verdade Dele, começamos experimentar do poder do amor Dele por nós sendo nós ainda pecadores.
E que o Espírito de Deus não nos deixe esquecer que não se tratou de um encontro isolado no passado de nossa história. Todos os dias precisamos ser curados, refeitos e transformados por esse amor. Não há nenhum de nós que não precise diariamente da misericórdia sendo renovada sobre nossa natureza imperfeita.
Os “super-poderes celestiais” disponíveis a nós não são provenientes de uma mutação do nosso próprio ser. Eles pertencem a Jesus. Somente a Ele. Sem Ele nós nada podemos fazer!
Elisama Lopes Araújo,
Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual de Montes Claros /MG – UNIMONTES.
Bacharel em Teologia com ênfase em missões pelo Missionary Training College – MTC Latino Americano/ Brasil.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
OS QUATRO AMORES
Os Quatro Amores
C.S. Lewis
quarta-feira, 21 de julho de 2010
VOCÊ É ESPECIAL
Você é especial ( Max Lucado)
Era uma vez, um povo chamado xulingo. Os xulingos eram pequenos seres, feitos de madeira. Toda essa gente de madeira tinha sido feita por um carpinteiro chamado Eli. A oficina onde ele trabalhava ficava no alto de um morro, de onde se avistava a aldeia dos xulingos.
Cada xilungo era diferente dos outros. Uns tinham narizes bem grandes, outros tinham olhos enormes. Alguns eram altos, e outros bem baixinhos. Uns usavam chapéus, outros usavam casacos. Todos eles, porém, tinham sido feitos pelo mesmo carpinteiro e moravam na mesma aldeia. E o dia inteiro, todos os dias, os xulingos só faziam uma coisa: colocavam adesivos uns nos outros. Cada xulingo tinha uma caixinha com adesivos dourados, em forma de estrela, e uma caixinha com adesivos cinzentos, em forma de bola. Em toda aldeia, indo e vindo pelas ruas, os xulingos passavam dia após dia colando estrelas e bolas uns nos outros. Os mais bonitos, feitos de madeira lisa e tinta brilhante, sempre ganhavam. Mas, se a madeira era áspera ou se a tinta descascava, os xulingos colocavam bolas cinzentas. Os xulingos que tinham algum talento também ganhavam estrelas. Alguns xulingos, porém, não sabiam fazer muita coisa. Esses ganhavam bolinhas cinzentas. Marcelino era um desses. Ele tentava pular bem alto como os outros, mas sempre caia. E, quando caia, os outros xulingos se juntavam à volta dele e lhe davam bolinhas cinzentas.
Às vezes, quando caía, sua madeira ficava arranhada, e, assim, os outros colavam mais bolinhas cinzentas nele. Aí, quando ele tentava explicar porque tinha caído, dizia alguma coisa do jeito errado, e os xulingos colocavam mais bolinhas cinzentas nele. Depois de algum tempo, Marcinelo tinha tantas bolinhas que nem queria sair de casa. Tinha medo de fazer alguma bobagem, porque os xulingos iriam colar nele mais uma bolinha .
- Ele merece ficar coberto de bolinhas cinzentas – as pessoas de madeira diziam umas às outras. – Ele não é um bom xulingo. Depois de algum tempo, Marcinelo começou a acreditar neles. E vivia dizendo:
- Eu não sou um bom xulingo.
Certo dia, Marcinelo encontrou uma xulinga diferente de todas que ele conhecia. Ela não tinha nem estrelas nem bolinhas. Só madeira.
O nome dela era Lúcia. E não era porque outros xulingos não tentassem colar adesivos em Lúcia. É que os adesivos não ficavam. É assim que eu quero ser, pensou Marcinelo. Não quero ficar com as marcas de outras pessoas. Então, ele perguntou à xulinga que não tinha adesivos como é que ela conseguia ficar assim. - É fácil – respondeu Lúcia – todo dia, vou visitar Eli.
- Eli? -Sim, Eli, o carpinteiro. Fico lá na oficina com ele. - Por quê? - Por que você não descobre por si mesmo? Suba o morro. Ele está lá em cima. E, dizendo isso, a xulinga que não tinha adesivos virou e foi embora, saltitando. - Mas será que ele vai querer me ver? – gritou Marcinelo. Lúcia não ouviu. Assim Marcinelo foi para casa. sentou-se junto à janela e observou toda aquela gente de madeira andando de um lado para outro, colando estrelas e bolinhas uns nos outros.
- Isso não é certo. – disse ele baixinho para si mesmo.
E decidiu ir ver Eli.
Marcinelo subiu pelo caminho estreito até o alto do morro e entrou na enorme oficina. Seus olhos de madeira se arregalaram com o tamanho das coisas. Ele engoliu em seco.
- Eu não fico aqui não! – e virou-se para ir embora.
Foi então que ouviu alguém dizer seu nome.
- Marcinelo? – a voz era profunda e forte.
Marcinelo parou.
- Marcinelo! Que alegria ver você. Chegue mais! Quero ver você bem de perto.
Marcinelo virou bem devagar e olhou para o enorme carpinteiro.
- Você sabe o meu nome? – perguntou o pequeno xulingo.
- É claro que sei. Fui eu que fiz você.
Eli se curvou, levantou Marcinelo e o colocou sentado no banco.
- Huummm! – disse pensativo o carpinteiro, olhando para todas aquelas bolinhas cinzentas. – Parece que você recebeu muitos adesivos ruins. - Eu não queria que isso acontecesse, Eli, eu me esforcei para ganhar estrelas. - Você não precisa se defender comigo, amiguinho. Eu não me importo com o que os outros xulingos pensam. - Não? - Não, e você também não precisa se importar. Quem são eles para dar estrelas ou bolinhas? São apenas xulingos como você. O que eles pensam, não importa, Marcinelo. A única coisa que importa é o que eu penso. E eu penso que você é muito especial.
Marcinelo deu uma risada. - Eu, especial? Por que? Não sei correr. Não consigo pular. Minha tinta está descascando. Por que eu seria importante para você? Eli olhou para Marcinelo, colocou suas mãos enormes naqueles pequenos ombros de madeira, e disse bem devagarinho: - Porque você é meu. Por isso, você é importante para mim.
Nunca ninguém havia olhado assim para Marcinelo – Muito menos o seu Criador. Ele nem sabia o que dizer. - Todo dia, tenho esperado a sua visita – explicou Eli. – Eu vim porque encontrei alguém que não tinha marcas. – Disse Marcinelo. - Eu sei. Ela me falou sobre você. - Por que os adesivos não colam nela? O criador dos xulingos falou bem mansinho: - Porque ela decidiu que o que eu penso é mais importante do que o que eles pensam. Os adesivos só colam se você deixar que colem. - O quê? - Os adesivos só colam se eles forem importantes para você. Quanto mais você confiar no meu amor, menos vai se importar com os adesivos dos xulingos. - Acho que não estou entendendo.
Eli sorriu e disse: - Você vai entender, mas levará tempo. Você tem muitos adesivos. Por enquanto, basta vir me visitar todo dia, e eu lhe direi como você é importante para mim. - Eli ergueu Marcinelo do banco e o colocou no chão. - Lembre-se – disse Eli quando o xulingo saía pela porta, - Você é especial porque eu o fiz. E eu não cometo erros.
Marcinelo nem parou, mas lá no fundo de seu coração pensou: acho que ele realmente se importa comigo.
E, quando ele pensou assim, uma bolinha cinzenta caiu ao chão.
FIM.