Querido(a) irmão(ã),
Graça e Paz!
Estamos “comemorando” mais um 19 de abril, o “Dia do Índio”. Você estava lembrado? E qual a idéia que você tem daqueles que foram os primeiros habitantes do Brasil? O que você sabe acerca deles?
Aprendemos na infância, através dos livros de história, que o termo “índio” é sinônimo de preguiça ou ignorância, e durante a adolescência que “programa de índio” aponta para algo mal planejado e que sempre dá errado. Em algumas partes do nordeste, quando se pede para alguém pôr um fim na bagunça se diz: “Fulano, deixe de indiagem!!!”. Que visão distorcida!
Quando passamos a viver no meio deles, descobrimos na prática o quanto eles são inteligentes, organizados e trabalhadores. Hoje, em dados atualizados, eles são mais de 600.000 pessoas e dividem-se em cerca de 240 grupos étnicos distintos, representando 181 línguas. Cada grupo desses é um universo a ser desvendado, com seus costumes próprios e seu modo de entender o mundo.
Sabe, na verdade, não existe povo ou cultura superior ou inferior a eles. Somos todos, apenas, diferentes! Todos igualmente carentes da graça de Deus e necessitados de termos nossa cultura e vida transformadas à luz da Palavra de Deus. Assim como nós, não-indígenas, eles precisam conhecer o Senhor Jesus e crer nEle para serem salvos.
Infelizmente, a realidade dos índios brasileiros é desconhecida por muitos ainda. Há tristeza, sofrimento, angústia, perdas, incertezas, brigas, ódio, fome, opressão social, opressão espiritual etc. Certo índio Yanomami chegou a dizer: Ouvi dizer que o homem branco pensa que não temos barulho dentro de nosso peito, que entre nós, os Yanomami, não há conflitos e que guardamos a nossa floresta. Os brancos falam o que pensam, mas na verdade não nos conhecem. (...) Não nos amamos, odiamos uns aos outros, brigamos batendo no peito uns dos outros. Não conseguimos conter nossa própria maldade.
Há 95 povos indígenas no Brasil sem qualquer presença missionária. A realidade a respeito deles envolve línguas complexas, lugares de difícil acesso, enfermidades, isolamento e restrições legais. O desafio final é levar-lhes um evangelho que faça sentido e que seja compreendido em seu próprio universo de forma que se possa ver nascer entre eles uma Igreja fiel e temente a Deus. Para isso, como disse certo missionário: necessitamos de missionários dispostos a se desgastarem durante uma vida inteira, igrejas que paguem o preço da fiel intercessão, pais que abram mão de filhos vocacionados, conselhos missionários que olhem para o bloco indígena como desafio iminente, e acima de tudo graça, muita graça de Deus sobre nós.
Aproveite esse 19 de abril para orar ao Senhor em favor desses povos e pergunte a Ele como você pode se envolver para transformar essa realidade.
Em Cristo, Senhor sobre todos os povos indígenas,
Marcelo e Cláudia de Carvalho
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