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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
O TEMPO - Santo Agostinho

Eis o que então diz Agostinho ao Ser Supremo: "Os vossos anos são tomo um só dia, e o vosso dia não se repete de modo que possa chamar-se cotidiano, mas é um perpétuo "hoje", porque este vosso "hoje" é a eternidade" (XIII, 15) O ser racional vive um presente mutável, fugaz, ininterruptamente incerto, eternamente irreversível. O não-ser do tempo chancela a limitação humana. A humanidade vive a inconstância temporal. Donde a eventualidade que cerca quem existe. O tempo escapa inteiramente à jurisdição do animal racional por causa de seu irreversível dinamismo que o faz irredutível. Tal é a condição humana: somos corruptíveis e finitos e somente Deus é eterno. Segundo Santo Agostinho, porém, pela memória, de certo modo, se supera o tempo, dado que pela lembrança do passado se pode ir contra a corrente do movimento temporal. Trata-se de se trazer o passado para o presente e, até mesmo, se pode fazer uma previsão com relação ao futuro. Daí Agostinho falar do "presente do passado", do "presente do presente" e do "presente do futuro". A memória como que retém o tempo, eternizando, de certo modo, o instante vivido e antecipando o porvir. Agostinho exalta, portanto, o poder da memória sem a qual nada se poderia imaginar nem conhecer, compreender ou apreender. Diz ele: "O pretérito longo outra coisa não é senão a longa lembrança do passado"(XI,28).. O homem que possui a memória detém a capacidade de criar sua própria duração interior, que é uma equivalência de tempo, da qual ele é o senhor. A reminiscência faz existir o passado no presente e, pela projeção, até mesmo o futuro. Trata-se de uma atividade do espírito que transcende o tempo. Tudo isto infunde um otimismo antropológico de grandes proporções. O homem, de fato, finito, limitado, possuindo uma alma espiritual, participa, assim, do próprio eterno "hoje" de Deus! O tempo torna-se um sinal de eternidade.
ATUALIDADE DE SANTO AGOSTINHO
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho-Professor no Seminário de Mariana – MG