sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Conheça a Ágora

Conheça também o Blog www.agorabhmg.blogspot.com

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

René Descartes

domingo, 6 de novembro de 2011

Sabe qual o absurdo, mais absurdo em nossas polícias?


Em nosso país,  somos em geral leigos quanto a detalhes de nossa segurança pública. A maior parte se limita a opinar sobre as forças policiais, que apesar de pequenas variações de estado a estado, se definem na atuação cotidiana da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal  e Guarda Municipal (as mais conhecidas).

Basta ligarmos o noticiário ou reparar nas capas de periódicos e podemos constatar que nossas polícias são atores diários de uma novela interminável, muitas vezes com capítulos dramáticos,  com cenas que nos farão sorrir, cenas que nos farão chorar e cenas que nos farão gritar no nosso mais íntimo, um clamor de revolta.

Como somos um povo pouco acostumado com realidades de além-mar. Descendentes de navegantes que não se aventuram economicamente a conhecer novas terras, pouco sabemos sobre como funciona  a segurança em outros países. Especialmente países onde ela supostamente dá certo.

Um texto é muito pouco para se analisar historicamente a origem de falhas e acertos de nossas polícias. È pouco também para se deleitar na lógica natural de críticas a um sistema disfuncional, que paga salários indigentes a seus soldados e agentes. Sistema que provê uma estrutura no mínimo vergonhosa a seus esquadrões para lidar com traficantes munidos de mísseis anti-aéreos, bombas iranianas, bazucas russas, etc, etc, e bum..., mais etc. Nossa reverência e honra vão para homens e mulheres que em meio a tão ultrajante disparate, mantêm-se limpos, incorruptos e fièis ‘a sua vocação tão mal recompensada.

Seja como for, tive a oportunidade de conhecer um pouco da estrutura e logística de um bem respeitado sistema de segurança pública atual. Apesar de falhas e defeitos que se tornam inevitáveis a qualquer grande corporação, os anos que vivi nos Estados Unidos, foram o suficiente para reconhecer a eficácia de suas polícias e demais agências de segurança. Comparar as duas realidades (yankee e tupiniquim) é chover no molhado , pois sabemos que um lavador de pratos em Nova York ganha U$1200,00  (+ ou – R$2100,00) reais por mês  e muito mais ganha um policial, que tem a seu serviço carros de última geração, computadores de mão, gestão administrativa impecável , entre outros benefícios , e isso somente para o reles policial de rua. Se partirmos para o FBI e demais agências, já´estaremos na categoria de outro planeta , sem dúvida.

Mas desde que voltei, um detalhe me chama a atenção, acima de tudo.  Nossas polícias não apresentam, ou pelo menos, é pouquíssimo divulgado sobre  qualquer sistema de inteligência em suas bases. Digo isso porque nos E.U.A. , mais do que armas e violência explícita, o sistema policial tem seu maior trunfo na atuação de agentes infiltrados, na eficácia de homens e mulheres que na figura clássica de verdadeiros espiões desmantelam máfias, gangues, cartéis e quadrilhas, na maioria das vezes, sem disparar um único tiro ou derramar uma única gota de sangue.

Mesmo no passado glamoroso da atuação das máfias , dos chefões, da Chicago irremediável, dos donos de Cassinos , da construção de Las Vegas e traficantes de bebida forte, não se tem relato sobre o FBI, ou a SWATT, ou NYPD, ou qualquer força policial subindo as ruas do Bronx de carro blindado, atirando no Brooklyn  para tudo quanto é lado. Matando crianças traunsentes,  entrando em tiroteio aberto com marginais que não  têm nada a perder e que somente ganham com a morte de inocentes, agregando  ‘a já maltrapilha imagem da polícia, o status de cruéis exterminadores.  “Viva os Godfathers da Rocinha, do Complexo do Alemão, viva os Warlords das Comunidades  em  São Paulo, viva o sofrimento do povo refém de bandidos patriarcas”.

O que sabemos sobre as polícias do exterior, o que muitas vezes comprovávamos nas matinês de cinema ou nas Sessões da Tarde, era uma atuação orquestrada, acima de tudo , guiada por serviços de inteligência infiltrados, espiões, Donnie Brascos, Homens da Máfia, escutas telefônicas, investigação de suporte acuradas e ataque a focos específicos através de atos surpresa.

Seria tão difícil treinar nossos bravos PMs,  Policiais Civis, Federais a se vestir e andar  como os marginais? a dançar o  Funk , a se tornarem bandidos de mentira (já que alguns se tornam de verdade) por um determinado tempo afim de se misturar em quadrilhas, se tornarem “manos”  e “peixes” de chefões, localizar pontos específicos,  atingir gols realísticos de extinção da atividade marginal em nossas cidades? Acima de tudo, evitar cenas de batalha a la Oriente Médio em nossas favelas, onde muitas vezes a morte de “civis” supera a dos pseudo-soldados de guerras insanas?

A atuação de tais neo-arapongas (dessa vez, do bem ok? totalmente), poderiam não só evitar as cenas absurdas das subidas de morros e favelas em meio a tiroteios e objetivos indefinidos. Os tais poderiam atuar nas diversas camadas da sociedade, facilitando em muito a profilaxia do crime. O adágio nunca foi tão real num país como o nosso: “É melhor prevenir do que remediar”. São incontáveis as situações em que um serviço de inteligência eficiente poderia ser aplicado. Estatisticamente,  milhares, por que não, milhões seriam poupados, na verdade pouparíamos o que de mais precioso temos: nossas vidas. Dentre tantos benefícios possíveis, vou citar duas situações em que me peguei pensando , que, se aplicadas, seria no mínimo muito engraçado.

Que tal policias disfarçados de velhinhas, sacando altas quantias no banco? Enquanto uma “velhinha” sai com o dinheiro, um grupo de policias a acompanha a paisana, a  certa distãncia.  Em 99,7854% dessas simulações, os famosos “saidinhas” vão aparecer, (velhinhas sacando muito dinheiro = saidinha). Boa oportunidade para pegá-los no flagra, e para deixar bem claro ‘a bandidagem... A sua próxima velhinha pode ser um leão disfarçado , acompanhado de mais 3 ou 4 leões armados.

E por que não, vamos colocá-los também nas cãmaras, nos congressos, municipais, estaduais, federais. Sim, nossos heróis poderiam ser treinados, a usar terno e gravata, a falar com aquela eloqüência empostada e prolixa,  debaixo de um bigode a la Justo Veríssimo. Os mesmos poderiam circular livremente pelos saguões de votação.  As sessões são sempre muito confusas, duvido que os nobres parlamentares vão se dar conta de gente nova no pedaço.  Além de comparecerem pouco a seu trabalho , “trabalham tanto” que com certeza não têm tempo de saber quem é quem em seu cotidiano. Ali mesmo, na arena das negociações de emendas e apoio partidários, no mercado amoral da troca de favores compromissados. Um e outro agente infiltrado, poderia oferecer e receber propina , poderia desmascarar em flagrante  as comissões e mensalões nojentos que movem uma máquina de corruptos  e patifes, totalmente aversos ao sofrimento e miséria  de seu povo.

Infelizmente, é da natureza de nosso povo, ao ler (se é que vão ler) um texto como esse, colocar mil empecilhos, dizendo que não é bem assim, que já existem os serviços de inteligência vigentes nas forças de segurança (cadê??? Sua atuação???), que falta verba, que a lei diz isso e aquilo e aquiloutro.

Lembro-me de , quando adolescente, resolvi levantar uma campanha para acabar com o problema recorrente de escorpiões em  minha pequena e pacata cidade. Como não tive apoio em geral, saí sozinho, batendo pernas, de comércio em comércio pedindo assinaturas para “sensibilizarmos” o secretário de saúde da época. Obtive muitos nãos, muita gente riu, zombou de minha iniciativa,  mas fiz minha parte, corri atrás e medidas foram tomadas.

Nossa terra está infestada  de escorpiões, da corrupção, da marginalidade, desde os pequenos, marionetes em uma sociedade desigual  até os gigantes,  financeiros e políticos. Tomara possamos desejar ser  adolescentes de novo, hoje e para sempre, com muita disposição nas pernas e  um sonho insaciável de mudança em nossos corações.

Ray Evangelista

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DEPOIMENTOS DE EX-ALUNOS DO PRÉ-UFMG - TQA 2010



Muito obrigado Elisama,tirei 63 na prova de Filosofia na UFMG e conseguir passar,e grande parte dessa nota deve-se as suas aulas que assisti no Pré-UFMG.
Att,
Paulo Henrique


    PROFESSORA...
       MUIITO OBRIGADO PELOS ENSINAMENTOS. ATRAVÉS DELES,
                         P A S S E I   !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
         SOU UM NOVO CALOURO DA FEDERALLLLLLLLLLL
        Ê TÁ TREM BÃO SÔ.
        OBRIGADOOOOOOOOO
M E L....


Oi Elisama, fui bem na prova de filosofia, mas não fui em história. Não passei na federal, mas passei na UEMG em Artes plasticas, estou satisfeita. Obrigada.
um abraço.
Bruna Evangelista


Olá Elisama!!
Acabei de ver seu email. Achei a prova tranquila, conseguir fazer tudo.
Passei pra ciências do estado!
Muito obrigado por dar apoio sempre. =)
Beijos
Letícia Vieira


Ei professora!!!!!!!! Passei em direito!!! Olha, eu achei a prova de filosofia tranquila também, principalmente as questões dos livros, tudo o que foi discutido na aula ajudou bastante!!!
Obrigada. Sucesso pra vc tbm, espero q continue no pré, pra ajudar mais pessoas a passarem...
bjaoo
Com Deus.
Luíza Elena
Olá Elisama.

Fui seu aluno no Pré UFMG e estou dando a retorno com relação ao Vestibular, em especial a prova de filosofia.

Eu consegui ser aprovado na UFMG. Fiquei em 9º lugar no curso de Direito Noturno.
Com relação a prova de filosofia achei a mais tranquila das 3 provas de segunda etapa. Sai do local onde fiz a prova bem confiante, achando que poderia ter tirado "a diferença" na prova de filosofia. Realmente eu fui muito bem: tirei 81 pontos na prova (sem o bônus). 

Gostaria de agradecer a você e ao departamento de Filosofia, em especial ao monitor Matheus. Vocês contribuiram bastante para a minha aprovação e para a realização do meu grande objetivo: estudar na UFMG. 

Muito obrigado de coração! Espero que continue ajudando as pessoas a realizarem seus sonhos.
Danilo Resende


oi fessora !!! queria comunicar a senhora que valeu pena asistir duas ou três vezes a mesma aula pois hoje eu posso dizer com orgulho EU TO NA FEDERAL 2011!!!!!!!!!!! e daqui 4 anos (espero eu) estar me formando bacharel em Ciências do Estado e da Governança Social e isso só foi possível graças ao meu esforço e a minha força de vontade e é claro pelas suas magníficas aulas.
muito obrigado por tudo um abraço do seu sempre amigo Mateus Dias Coelho Smiley


Elisama, sou seu aluno do pré!
To mandando e-mail pra avisar que passei em [b]filosofia[/b] na ufmg ^^
Obrigado por tudo :D
Igor

 
PROFESSORA...

 MUIITO OBRIGADO PELOS ENSINAMENTOS. ATRAVÉS DELES,
 
                 P A S S E I   !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

SOU UM NOVO CALOURO DA FEDERALLLLLLLLLLL
 
Ê TÁ TREM BÃO SÔ.
 OBRIGADOOOOOOOOO
Sampaio

Oi professora!
Infelizmente eu não passei na ufmg, mas eu passei na furg (universidade federal do rio grande).
Vou fazer artes visuais!

Bjos!!!
Laisa Helena


Oi, Elisama!!
 Passei na UFMG! Direito Diurno!!

BjOss
Amanda Reis


Elisama,
Passei no vestibular da UFMG! O curso chama-se Ciências do Estado e da Governança Social.
Muito obrigada por todas as aulas. Se não fosse por elas e o jeito que vc passou o conteúdo (bem próximo da nossa realidade cotidiana) eu concerteza não teria a facilidade e a tranquilidade na hora da prova.
Mais uma vez eu agradeço seu empenho em nos ajudar!
Beijoo...
Marianna Reis Victoria 



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A RELIGIOSIDADE QUE ADOECE E A FÉ QUE RESTAURA




A RELIGIOSIDADE QUE ADOEÇE E A FÉ QUE RESTAURA, por Isabelle Ludovico PDF Imprimir e-mail
 
    Em palestra recente, Karl Kepler, presidente do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos, tratou deste tema, apontando a vida “pasteurizada” de muitos crentes que censuram certos comportamentos como dançar, beber..., mas camuflam os labirintos escuros do seu coração. Eles acabam se tornando legalistas e hipócritas, como os fariseus que Jesus desmascarou. Assim, a imagem do cristão é muitas vezes de uma pessoa artificial, falsa, reprimida, passiva e alienada de sua realidade social. Músicos profissionais comentaram que a música evangélica é “certinha, mas sem alma”.

As igrejas constroem verdadeiros guetos separando “nós”: os salvos, e “eles”: o mundo. O modelo hierárquico é um resquício do judaísmo e mantém as pessoas na infantilidade, dependendo de um pastor que lhes diga o que fazer. As pregações se concentram em comportamentos que elas precisam melhorar ou combater. Mensagens evangelísticas enfatizam: “Venha como é”, mas a tônica dos sermões é: “Deus quer algo mais de você”. As cobranças transmitem a imagem de um deus general e até as promessas são transformadas em obrigações. O Louvor não é uma declaração de amor a Deus, mas uma forma musical de transmitir uma mensagem aos ouvintes ou de lhes proporcionar uma catarse.   

    Assim, as pessoas tendem a ser movidas pelo medo e construir uma relação manipulativa com um deus-patrão, trocando uma vida comportada por benção e proteção.  A aprovação divina é medida através de sinais e do sucesso material. A ênfase na censura alimenta o medo de errar que gera conformismo e omissão em vez de encorajar as pessoas a serem ousadas e promoverem os valores do Reino. Esta teologia produz uma “miopia espiritual”, parecida com a do irmão do filho pródigo. O cristão se compara com assassinos e não se percebe mais como pecador porque não fala palavrões, nem extravasa a sua ira. Ele se confunde com uma fachada cada vez mais distante da realidade do seu coração.

No entanto, ser cristão é conhecer a Verdade, que não é um dogma, mas uma pessoa. É passar do domínio do medo para o Reino do Amor, da condição de escravo para a de filho. A certeza do amor incondicional de Deus nos motiva a ir em direção ao outro porque fomos amados e não para sermos amados. O processo de crescimento diz respeito a uma intimidade cada vez maior com Deus que nos leva a uma percepção progressiva da profundidade do Seu amor. Quanto mais eu me sinto amado, mais tenho coragem de reconhecer quem eu sou, meus erros e falhas, minha verdade. E quanto mais me sinto inadequado, mais percebo a imensidão do amor de Deus. Posso admitir minhas dúvidas sem perder a fé, permitir-me ser amada sem merecê-lo, olhar para minha sombra sem ignorar que tenho também um lado luminoso porque fui criada à Imagem de Deus.

Encarar a verdade sobre mim mesma me liberta da tentação de me enxergar maior ou menor do que sou. Este discernimento me liberta de culpas provenientes de expectativas distorcidas. Posso admitir os meus erros em vez de tentar me justificar, muitas vezes acusando outras pessoas. Percebo a importância de priorizar as transformações interiores que irão se manifestar numa vida coerente com a minha fé, em vez de manter uma dicotomia esquizofrênica. Sou chamada a equilibrar liberdade e santidade, pois cabe a mim perceber os meus limites e escolher o que me convém. Sou desafiada a ser sal no mundo em vez de me refugiar num gueto. O Espírito me leva a peneirar através da Palavra os valores transmitidos pela tradição. Minha percepção de Deus vai se ampliando e integrando aspectos novos, como o seu lado materno que me encoraja a me refugiar debaixo de suas asas.

Os pastores são vistos como irmãos na fé, mais experientes e maduros, que podem me edificar, mas também são passíveis de erros. O templo não é uma estrutura de pedras, mas o meu próprio coração onde sou convidada a adorar a Deus em espírito e em verdade. Dois ou três irmãos reunidos em nome do Pai já constituem uma igreja e o Reino de Deus é maior que a Igreja Evangélica. Ele está presente toda vez que Deus é reconhecido como rei e toda vez que o Amor triunfa.
Finalmente a vida cristã não é submeter-se a padrões legalistas, mas libertar-se deles para ser cada vez mais parecida com Cristo. Isto não me livra das limitações e ambigüidades da minha humanidade, nem do sofrimento inerente à condição humana. Porém, o sofrimento não me ameaça mais porque percebo a presença consoladora do Espírito e a possibilidade desta experiência não ser em vão na medida em que ela vai me tornando uma pessoa cada vez mais empática com o outro, mais generosa, mais sábia.
_____________________________________________________
Isabelle Ludovico da Silva, psicóloga com especialização
em Terapia Familiar Sistêmica. isabelle@ludovicosilva.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o JavaScript terá de estar ativado para que possa visualizar o endereço de email
 

sábado, 3 de setembro de 2011

What's the Right Thing to do?